terça-feira, 2 de agosto de 2011

Poesias de um amigo

Diga um "alô" para a destruição
que construímos diariamente
Ajoelhe-se e repita o mantra cínico
daqueles que fazem da indiferença
uma conviniente e efeciente religião...

Estou cansado de ouvir verdades
estou doente de tantas soluções
para o mundo que vive mentindo e se sufocando
na própria merda.

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Tardes claras
encobrem a escuridão destes dias
emprestando beleza a melancolia
cedendo brilho as sombras...

Entre a doce brisa deste pôr do sol
Ouço o sussurro de palavras esquecidas
como pétalas agonizantes de uma flor violentada
o odor embreagante deste breve gozo
fertilizam os sonhos neste oceano de pedras cortantes

Já não há inocência
a cor do sangue já não encanta
algo perdeu-se... algo que não sei...
possivelmente roubado por quem também não sei

Existem guerras
que não podemos ver...
apenas sentir seu gosto amargo na garganta
e aquele aprto sem sentido no peito que precedem
lágrimas sem sentido...

e são essas lágrimas cuja a dor não podemos identificar
que rasgam a face da alma sem que possamos secâ-las.

Tarde claras
tades que o ser humano olho no espelho dos meus olhos
apenas para lembrar de sua efêmera beleza e da solidez de sua fragilidade.

Amigo, Professor e poeta Edivan Costa

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