terça-feira, 30 de março de 2010



A ALMA DE UM ESCRITOR SÓ A ELE PERTENCE

sexta-feira, 26 de março de 2010




Vinho com Chocolate

Um copo de vinho,
Bocas molhadas,
Uma a tocar na outra
Em meio ao beijo
Um pedaço de chocolate
A aguçar ainda mais
Os nossos desejos.


Teu corpo entrelaçado ao meu
A transformar-se em um só corpo
Meus sentidos se perderam
Juntamente com os teus.

Transformaram-se em um só sentido
Na loucura dos beijos e abraços,
Do beijo com vinho e chocolate
Tornando nossos sentidos
Num doce querer à dois.

quarta-feira, 24 de março de 2010

MULHERES QUE FIZERAM E FAZEM A DIFERENÇA - PARTE-3



CLARICE LISPETOR (1925 - 1977)

Essa maga das palavras que chegou no Brasil com os pais, recém-nascida.iria revelar, ainda adolescente, o raro dom de penetrar nos recantos mais escondidos da alma humana e retratá-las com uma compreensão e compaixão infinitas. Aos 17 anos - já com nacionalidade brasileira - publicou seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem, vencedor do "Prêmio Graça Aranha". Não parou mais. Em sua vasta obra, recriou situações inusitadas e insólitas do cotidiano, e foi capaz de descrever com a mesma precisão e fluidez a perplexidade de uma criança diante da descoberta da morte, a solidão de um professor frente a juventude ansiosa de seus alunos, os desejos ingênuos de uma doméstica em seu quartinho num sábado à noite. Seu talento mágico para a empatia contribuiu para transformá-la em um dos expoentes da produção ficcional brasileira e lhe valeu, no início da década de 70, uma participação no Congresso de Escritores, Magos e Bruxos, realizado na Colômbia,
Para ler: "Perto do Coração Selvagem", Clarice Lispector, Ed. Rocco, 1997

frases de Clarice
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

"
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas."

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós."

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever"


Já escondi um amor por medo de perdê-lo

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector

segunda-feira, 22 de março de 2010

HOJE CINEMA NA LAJE


Filme O CONTADOR DE HISTÓRIAS
Filme de Luiz Villaça
Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 - Chácara Santana

sexta-feira, 19 de março de 2010



Exercer autonomia
é correr riscos

Quem ri, arrisca parecer tolo.
Quem chora, arrisca parecer sentimental.
Quem ama, arrisca-se a não ser
retribuído.
Viver é arriscar-se a morrer.
Esperar é correr o risco do desespero.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas é preciso assumir os riscos,
pois o maior de todos eles é não arriscar
nada.
A pessoa que nada arrisca, nada faz, nada
tem, nada é.
Pode evitar o sofrimento e a mágoa,
mas não irá aprender, sentir, mudar,
crescer, amar, viver.
Prisioneira de sua atitude, será uma
escrava.
terá desistido de sua liberdade.
Só quem assume riscos é livre.

Autor desconhecido

quinta-feira, 18 de março de 2010



Esquecer

Talvez esquecer seja tão complexo,
que a tentativa de esquecer
tenha o peso da lembrança
em todos os passos do esquecimento.

Talvez o esforço de esquecer seja tão imenso,
que a imensurável lembrança
se faça presente a todo momento.

E talvez, as lembranças estejam tão vivas,
que na morte de algumas delas,
os fantasmas permaneçam...
trazendo a tona
a lembrança de tudo o que foi vivido.

Talvez o esquecer não seja um dom espontâneo.
Seja apenas um desejo momentâneo
de se estancar o sofrimento.

Poetisa Camila Milani (Cooperifa)

(Talvez muitas pessoas não entendam que amar alguém não é uma questão de escolha, pois se fosse assim, Jesus Cristo não teria morrido na cruz para salvar a humanidade. Amar está acima da razão ou da inteligência. Amo e não me arrependo uma vírgula desse amor, apesar dos pesares)
" Talvez o esquecer não seja um dom espontâneo.
Seja apenas um desejo momentâneo
de se estancar o sofrimento."

quarta-feira, 17 de março de 2010

MULHERES QUE FIZERAM E FAZEM A DIFERENÇA - PARTE-2



BERTHA LUTZ (1894-1976)

Nascida no final do século X!X, filha do cientista Adolfo Lutz, formou-se em Biologia e Zoologia, num tempo em que a única profissão socialmente aceita para as mulheres era a de professora primária, pelo Código Civil, elas precisavam da autorização dos maridos para trabalhar fora de casa. Em 1922, Bertha fundou a "Federação Brasileira pelo Progresso Feminino", que reivindicaria para as mulheres direitos que hoje nos parecem óbvios, como votar, escolher domicílios e trabalho. Estas reivindicações, levadas a manifestações públicas, despertavam a hostilidade da opinião popular contra as primeiras feministas, que se defrontaram até com repressão militar. Bertha Lutz enfrentou tudo com a mais absoluta coragem feminina. Em 1928, em Lages (RG), pela primeira vez no continente, uma mulher foi eleita, no primeiro pleito em que as mulheres puderam votar. Apenas em 1932, uma lei estabeleceria de vez o voto feminino.

Para ler: "O Feminino Tático de Bertha Lutz" - Rachel soibet
( Uma mulher que fez história, mudando a vida política no mundo inteiro)

terça-feira, 16 de março de 2010

MULHERES QUE FIZERAM E FAZEM A DIFERENÇA - PARTE-1



NISE DA SILVEIRA ( 1905 - 1999 )

" A loucura é a pior forma de escravidão humana", acreditava a única mulher entre os formandos da Faculdade de Medicina da Bahia, em 1926. Solitária e atenta ao potencial de todas as pessoas, Nise não considerava seus pacientes "loucos", mas pessoas capazes de criar e crescer. Recusando os tratamentos tradicionais como o eletrochoque e choque de insulina, provou que a Arte é a chave para escapar até mesmo do pior tipo de escravidão. Seu trabalho com pessoas internadas resultou na criação do Museu de Imagens do Inconsciente, No Rio de Janeiro, com desenhos, pinturas e esculturas representando o rico universo interior e os fascinantes mundos paralelos criados pelos portadores de doenças mentais.
Para ler: Nise da Silveira, Ferreira Gullar, Relume Du mará, 1996

( como eu gostaria que meu irmão estivesse a oportunidade de ser tratado com uma mulher como Nise Silveira, hoje ele vive a mais de vinte anos nesta "escravidão humana")

segunda-feira, 8 de março de 2010

NASCER MULHER



Nascer mulher
Não é por acaso,
é destino que me foi imposto!

Quem mais poderia ser mãe,
Fazer brotar os frutos que semeiam sementes no mundo,
Tornando o Universo o habitat natural do homem.

Nascer Mulher

Não é por escolha,
é destino que me foi imposto!

Mulher que se apaixona,
Mulher que sofre,
Mulher que chora,
Mulher que grita,
Mulher que sorri,
Mulher que vive,
Mulher que ama,
Mulher guerreira,
nas labutas do dia- a- dia.

Nascer Mulher

Não é porque eu quis,
é destino que me foi imposto!

Mulher que luta com a ferocidade de uma onça,
para defender a sua cria.

Nascer mulher,

Agradeço à Deus,
por este destino à mim imposto!
E assim, sou feliz!
Simplesmente MULHER!

De Lourdes

DIA INTERNACIONAL DA MULHER







Dia Internacional da Mulher- Um dia para refletirmos
"Infelizmente, vivemos em um país onde a mulher é vendida pela mídia como se fosse um fruta ou um pedaço de carne bovina, onde bunda e seios são mais importantes que caráter e inteligência, onde meninas são exploradas sexualmente e vendidas pelos próprios pais, onde a violência doméstica é cada vez mais frequente, onde o preconceito ainda faz parte da nossa cultura machista, medíocre e retrógada.
Talvez o dia de hoje não deva ser de comemoração para as mulheres brasileiras, mas sim para refletir sobre sua verdadeira importância na sociedade, exigir seus direitos, mostrar seus valores.
A mulher não deve ter vergonha de ser mulher, ela pode ser feminina, delicada, vaidosa, mas isso,não significa ser frágil ou menos inteligente, pelo contrário, significa ter sua própria personalidade, forte e determinada.
As mulheres são sim diferentes do homens, e isso é natural, mas elas devem possuir os mesmo direitos e deveres na nossa sociedade.
É preciso acabar de vez com o preconceito, a vulgarização e a violência contra as mulheres. A mulher brasileira deve ser respeitada, valorizada, e não mais ser exposta pela mídia como se fosse um produto vendido na feira."

ANIVERSÁRIO DE UM ANO DO CINEMA DA LAJE






Um ano de Cinema na Laje, um ano de transmissão de conhecimento, até então, destinados à poucos da periferia, hoje o povo da periferia tem um espaço cultural na zona Sul da Cidade de São Paulo. São iniciativas como está, que faz, com que aumente a auto-estima de muitas pessoas, com documentários e filmes que retratam a realidade urbana e no final com debates sobre o filme do dia. São privilegiados todos..., ...todos que desejam um momento para reflexão sobre o que acontece no mundo atual, desde o advogado, o dentista, o catador de latinhas, o professor, o aluno, a dona de casa, todos mesmo, sem discriminação. E o autor desde Projeto é o poeta e escritor Sérgio Vaz, sempre a elevar a auto-estima do povo periférico.

CINEMA NA LAJE



CINEMA NA LAJE APRESENTA:




FILME BESOURO - Nasce um héroi


Diretor - João Daniel Tikhomiroff

Este filme foi indicado em 11 categorias para o Prêmio FIESP DE CINEMA EM 2009.

Hoje 08/03/10 - a partir das 20h.

Bar do Zé Batidão

Rua Bartolomeu dos Santos, 797 - Chácara Santana

Informações: 8358-5965



terça-feira, 2 de março de 2010

CORA CORALINA



SABER VIVER

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar