quarta-feira, 24 de março de 2010

MULHERES QUE FIZERAM E FAZEM A DIFERENÇA - PARTE-3



CLARICE LISPETOR (1925 - 1977)

Essa maga das palavras que chegou no Brasil com os pais, recém-nascida.iria revelar, ainda adolescente, o raro dom de penetrar nos recantos mais escondidos da alma humana e retratá-las com uma compreensão e compaixão infinitas. Aos 17 anos - já com nacionalidade brasileira - publicou seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem, vencedor do "Prêmio Graça Aranha". Não parou mais. Em sua vasta obra, recriou situações inusitadas e insólitas do cotidiano, e foi capaz de descrever com a mesma precisão e fluidez a perplexidade de uma criança diante da descoberta da morte, a solidão de um professor frente a juventude ansiosa de seus alunos, os desejos ingênuos de uma doméstica em seu quartinho num sábado à noite. Seu talento mágico para a empatia contribuiu para transformá-la em um dos expoentes da produção ficcional brasileira e lhe valeu, no início da década de 70, uma participação no Congresso de Escritores, Magos e Bruxos, realizado na Colômbia,
Para ler: "Perto do Coração Selvagem", Clarice Lispector, Ed. Rocco, 1997

frases de Clarice
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

"
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas."

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós."

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever"

Um comentário:

Biblioteca CEU Azul da Cor do Mar disse...

Achamos muito bacana você incluir a Claríce em "Mulheres que fizeram e fazem a diferença". Ela é um gênio da literatura nacional.