sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



Não consigo mais amar sozinha!
Me entrego à solidão, ao amargo do desprezo, às lágrimas!
Não tenho mais forças e nem ânimo para afastar a depressão de mim!
Desilusões, todos temos na vida!
Mas a minha persiste em fazer-se  parte de mim!
Não contendo-me em mim,
Sinto meu corpo desfalecer, a cada dia, e a todo instante!
É uma morte lenta!
A cada desprezo, parece que uma faca afiada rasga a minh'alma.
Não quero uma morte lenta, nem por doença e nem por veneno,
mas esse último "o desprezo", já é, e por si só, um veneno!
Não sou ninguém, não sou nada,
Sem o seu olhar, seu sorriso, a sua voz, sem sua escrita.
Não sei como dribla todo esse sentimento,
É algo que penso ser divino e ao mesmo tempo macabro!
Não entendo o por quê de dizerem que o "amor e o ódio caminham juntos",
Pois amar é um estado de espírito que poucos saberão seu verdadeiro valor!
O ódio mata a alma, e isso não quero jamais pra minha vida!
O amor que hoje sinto, foi fruto de um olhar,
Olhar esse que desviou-se do meu caminho,
Me enganei ou deixei-me enganar? Não sei!
Mas aquele olhar me parecia sincero,
Hoje o vejo matreiro, serelepe,
Parece olhar de criança sapeca!
Como é bom poder comparar o teu olhar, a um olhar de criança!
Ele é verdadeiro e ao mesmo tempo, um olhar icognita:
- "O que será que esses olhares querem dizer?".
Não vou deixar de te amar por seu desprezo,
Mas jamais deixarei me levar por outro olhar,
Que não seja o seu!

(Amor dissoluto, por mim estará marcado para todo sempre)

Um comentário:

Jéssica Balbino disse...

o texto é bonito, mas muito triste !
bjoo